6 de ago. de 2018

Individualidade

A individualidade é algo sagrado. Eu vejo muitas pessoas, principalmente casais, que depois de um certo tempo passam a invadir o espaço do outro, como se isso fosse demonstração de intimidade. Não é! Intimidade é uma coisa, individualidade é outra.

Aqui em casa quando eu entro no banheiro, por exemplo, e fecho a porta  (sem trancá-la), o Zé não entra, porque ele sabe que ali é um momento só meu. Eu posso tomar banho, usar o sanitário ou não fazer nada, o importante é que eu tenho essa minha individualidade preservada.

O Zé pode deixar o celular dele em qualquer lugar da casa, desligado ou não, que eu não coloco a mão, em hipótese alguma. Esse negócio que muitas mulheres têm em bisbilhotar a vida dos seus parceiros eu, em particular, não tenho. Se nós vivemos juntos tem que haver confiança e a individualidade preservada, tanto de um lado quanto do outro.

É muita ignorância da nossa parte querer que o outro aja e pense como nós. Muitas vezes, em um relacionamento, no intuito de controlar o outro, a pessoa invade o espaço, a individualidade, com as mais variadas justificativas, como forma de camuflar a sua própria insegurança. Mas antes de ser um casal, nunca é demais lembrar que cada um tem a sua própria vida.

Antes de querermos controlar a vida de outra pessoa, nós temos que conseguir controlar a nossa própria vida. Você consegue? Você tem domínio total sobre si, a ponto de querer ter o domínio sobre outro alguém?

A decisão da crença de cada um, do valor de cada um, é algo individual. Pra simplificar, se o (a) seu (sua) companheiro (a) quiser te trair, te enganar, ele (ela) vai fazer isso de qualquer jeito, com você controlando a sua vida ou não. Mas a chance da pessoa querer ficar ao seu lado é infinitamente maior, quando ela percebe que você é porto seguro, que você é parceria, que você é soma e que você, antes de mais nada, respeita a sua individualidade.

É isso!

Um abração!

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