16 de mar. de 2014

Sinceridade é tudo!

Quanto mais boazinha é a pessoa, pior ela é! Eu sempre acreditei nisso e sempre comento nas redes sociais. Não há nada mais insuportável que as pessoas inhas – boazinhas, fofinhas, lindinhas, amiguinhas... Você gosta de pessoas inhas? Eu não! Eu gosto de pessoas autênticas,que são o que são e ponto final. Ao contrário das pessoas inhas, que vivem, o tempo todo, fingindo.

A nossa cultura nos ensina, desde cedo, que devemos ser pessoas altruístas, pensar no próximo, agradar o próximo, não magoar o próximo... Gente, é claro que ninguém suporta conviver com pessoas estúpidas e grosseiras, não é isso que eu quero dizer.  Me refiro ao fato de que a nossa cultura não impõe a autenticidade e a franqueza necessária  para o bom convívio em sociedade, ou seja, não cultuamos o hábito da verdade. E isso gera conflitos, inúmeros conflitos.

As pessoas sinceras dão referências das suas verdades – o que elas pensam, como elas pensam, o que elas gostam... Essas pessoas são muito mais confiáveis do que aquelas que estão sempre fazendo o papel de lindinhas, é ou não é? Se você for se aconselhar com alguém, você vai optar por quem diz a verdade ou por quem diz o que você quer ouvir? Se a sua resposta for a segunda opção, você não quer ouvir nada, você quer continuar a viver na ilusão.

A sinceridade em nossa sociedade, portanto, muitas vezes é vista como falta de educação, enquanto a falsidade, tudo bem! Ou você nunca usou de falsidade com ninguém? Ah, vá!!!!! E quando aquela amiga cortou o cabelo, que ficou um horror, e você disse que estava lindo o corte, você foi uma pessoa verdadeira com essa amiga? Uma coisa é a amiga cortar o cabelo, ficar um horror, mas ela ter gostado e não ter te perguntado nada. Ok, ela se banca, vive para si e não para os outros. Mas se ela pergunta, aí ela te dá o direito de você opinar, e se você dá a sua opinião e ela se ofende, ora, ora, não deveria ter perguntado, não é mesmo?

É fato que pessoas negativas o tempo todo, não são nada agradáveis. E isso também não quer dizer que elas sejam autênticas e verdadeiras.  A sinceridade não é confronto, é exposição de ideia.

Certa feita, uma vendedora chegou ao meu ambiente de trabalho vestindo uma combinação de roupas que estava um desastre. Aliás, quando ela chegou na empresa, os olhares se voltaram para ela, que era até uma moça bonita, de presença, não pelo seu encanto, mas pela maneira desastrosa como estava vestida. Eu estava lá, quietinha no meu canto, mas como um imã, ela veio na minha direção e perguntou: E aí, Monique, como eu estou hoje? Putz, logo pra mim a pergunta? Pensei. Mas ela perguntou. E quem pergunta quer ouvir uma reposta, certo? Eu disse a ela: Fulana, sinceramente, eu não gostei, não. E eu estou dizendo isso porque sou sua amiga! - Ela não falou nada, saiu da minha sala, fingiu que estava tudo bem, até que lá pelas tantas, ela voltou e disse não ter gostado do meu sapato. Eu entendi a revolta! Mas devolvi: Fulana, ok você não gostar do meu sapato, não tem problema, mas não vou deixar de usá-lo, porque pra mim, ele está ok. Agora, se você não queria ouvir críticas sobre a sua roupa, não deveria ter me perrguntado, porque eu fui sincera e quero te ver bonita, mas se você não concorda, ok! Moral da história: ela nunca mais apareceu com aquela roupa na empresa. E é claro também, que ela nunca mais me pediu opinião alguma, como também não dei, porque usar de sinceridade é uma coisa, ser enxerida é outra.

Mas eu tenho um amigo também, que numa época estava desenvolvendo um tipo de atividade, e sempre perguntava a minha opinião, e eu sempre fui sincera quando necessário. Tanto que não era incomum ele perguntar, em tom irônico, em qual grau de acidez eu estava naquele dia, ou quantos limões eu havido chupado no café da manhã, antes de começarmos os nossos debates. E sabe qual foi a moral da história nesse caso? Ele galgou e venceu. E mesmo hoje, apesar dos debates não serem constantes, ele ainda procura os meus conselhos. Da mesma forma, que ele é bem sincero comigo, quando precisa ser, e está tudo ok! Isso se chama amizade sincera, realista, não ideal!

O sentimentalismo é uma característica de como devem, ou deveriam, ser as coisas, o modo ideal. O que foge ao modo ideal, cai no drama, no sentimentalismo. A praticidade, ao contrário, é a busca da verdade, da sinceridade. E pessoas que são muito inhas, que estão bancando sempre o papel da sofredora, da mártir, daquela se mata por Deus e o mundo para ver o bem da humanidade, acima de tudo, são pessoas que vivem fora do padrão da realidade, fingem ser o que não são. Por isso, não é incomum a gente constatar no dia a dia muitas máscaras caírem, é ou não é?

Pessoas positivas não são apenas as que dizem palavras bonitas e estão sempre emitindo pensamentos de autoajuda, mas sim aquelas que também dizem o que precisa ser dito, no momento certo, a fim de que o próximo possa evoluir, possa fazer conquistas, possa estar e ficar melhor do que já é!

Um abraço sincero!

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