Baú de Lembranças - Eu e Dedê

Se até o meu 1º aninho de vida eu ainda não andava, compensei soltando a matraca. Comecei a falar muito cedo. Gostava também de cantar! E me divertia com o violão da Dedê, que um dia, anos mais tarde, me mostrou uma fita em que eu já fazia minha primeira audição - "Vou cantar, Dê!" - E começava a treinar o parabéns: "Parabéns p/você... nessa data quiquita...". E o apelido Quiquita ficou na casa da Vovó Angela, até hoje, vez ou outra.

Dedê (Denise), se não estava na minha casa, eu estava na dela. Ela era a minha Dê, até que um dia começou a namorar, ia se casar e morar em Niterói. E aí papai pediu a ela que fosse se afastando de mim aos poucos para que eu não sofresse tanto quando ela, definitivamente, se mudasse de cidade.

Dedê se casou com o Lincão, e no dia do seu casamento, eu dei um show, porque queria entrar na igreja no seu colo. E mais: eu estava com o rosto todo pintadinho, porque havia comido mocotó que meu pai havia me dado. Mas no fim, tudo correu bem.

Já havia aceitado o Lincão e de repente a Dedê me conta que estava esperando a visita da cegonha. E mais um trabalho teve que ser desenvolvido para que eu pudesse aceitar o seu bebê futuramente. Aí ela inventou que gostava tanto de mim, que o bebê iria ter o mesmo tom de pele que eu, assim como mesma cor dos meus cabelos. E, claro, que eu iria ajudá-la a tomar conta. Assim, eu 'aceitei' a chegada do Linquinho, seu único filho.

Até bem pouco, quando ela ainda estava em Friburgo, vez ou outra, fazíamos caminhadas, trocávamos segredos. Atualmente, ela mora em Niterói, se não me engano, mas quando voltar para Friburgo novamente, tenho certeza, que seremos as mesmas amigas de sempre.

Nessa foto, eu e Dedê no meu aniversário de 02 aninhos!