Eu nunca entendi muito bem o natal, ou melhor, esse forte apelo comercial que leva as pessoas às ruas enlouquecidas por lembrancinhas, panetones, engradados de cerveja e guaraná... Sei lá, me parece um motivo para as famílias "zerarem as suas contas" e diferenças pessoais para novos créditos adiante, e também para comprarem "sem culpa".
Na net, os cartões com renas, trenós, bonequinhos de neve, e de vez quando John Lennon, com aquela bendita musiquinha de natal, tomam conta de nossas caixas de e-mail. Ok,esse ano parece que o John Lennon foi recolhido das prateleiras virtuais e já não é mais tão frequente, como em outros natais. Agora, não consegui encontrar um único virtual que pudesse traduzir o nosso natal tropical, de 35º C à sombra. Paciência, acabei cedendo à realidade glacial do Pólo Norte para desejar a todos um natal caloroso dos trópicos. Confesso que me incomodou um pouco, mas enfim, faz parte do protocolo, que não sou eu quem vai quebrar.
Na TV, o contraste: de um lado, promoções fantásticas - compre em 15 vezes e comece o ano endividado - e de outro, pedidos de solidariedade ao próximo.
Mas enfim, Deus tem lá os seus métodos estranhos para nos deixar certas lições. E no meu caso, Ele me mostrou que natal não é grana, não é isso que se pratica por aí. Parece meio óbvio, meio piegas? Pode ser, mas se eu estivesse com grana, possivelmente estaria sem continuar entendendo o espírito de natal, e sairia por aí também à caça das lembrancinhas. Mas como não estou, o presente às pessoas queridas se deu de forma silenciosa, introspectiva, sentida... e me fez tão bem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário