A coisa mais difícil de viver é o fato da gente ter que
conviver com a gente mesmo, não é? Todo mundo sonha em ter aquela vida de
filme, como aquela cena em que a mulher levanta da cama, se espreguiçando,
abre as cortinas brancas e se depara com aquele visual lá fora maravilhoso.
Quem nunca sonhou em protagonizar uma cenas dessas? Mas aí a criatura abre os
olhos de manhã, já com mil problemas na
cabeça, com um monte de obrigações a fazer, e se dá conta do pacote em que ela
se tornou levando aquela vidinha bem sem sal, bem monótona.
Bom, uma coisa é fato: Nós estamos exatamente no lugar em
que nos colocamos! Ninguém, repito, NINGUÉM, nos colocou na nossa situação
atual, a não ser nós mesmos.
Nós nos escravizamos de certas ideias e, por conta disso,
passamos a ver um monte de obstáculos na vida. E aí tudo se torna difícil! E
essa série de circunstâncias de dificuldades que vamos criando ao nosso redor,
acaba nos afastando do nosso EU. E quando nos distanciamos do nosso EU, nem
vivenciando aquela cena de filme que eu citei, traz algum tipo de satisfação.
Não tem aquela máxima, que a gente vê muito em redes
sociais, tipo,’ odeio segunda-feira, vai começar tudo de novo...’ Não é a segunda-feira que é ruim, mas o que
você faz dela é que acaba tornando-a um horror para você, porque a segunda-feira,
no calendário, é tal igual a terça, quarta, quinta, e por aí vai!
Que caminhada tem o seu futuro? Você está caminhando para
onde você quer estar daqui a 5, 10 anos? Pensa bem! Você está no ‘tem que...’ e
no ‘e se...’, ou você está de fato semeando hoje, o futuro que você quer pra
você amanhã? Se você estiver na primeira hipótese, você está colocando as
coisas e os outros em primeiro lugar e se deixando pras trás. Logo, não é bom
você viajar mundo com essa cabeça, porque o seu futuro não será muito distante
da sua realidade atual, sinto te dizer
isso!
Gente, viver na terra do nada ou do ninguém também é uma
opção de vida. Ok! E o nada aqui, não é fato de ter ou deixar de ter algo material, me
refiro ao vazio da alma, daquela pouca vontade de ir em buscar do que traz a
felicidade,o bem-estar, essas
coisas. E se anular, viver só para fazer
isso ou aquilo, mecanicamente, tira o gosto de viver, porque a pessoa acaba se
tornando uma coisa que faz, porque ela não faz com prazer, mas porque ‘ tem que’
fazer. E aí, é claro, a vida vira uma
droga.
A vida não nos impõe nada, a gente é que gera esse modo de
estar, de ser, de viver!
Você lembra aquele dia em que te deu uma coisa na cabeça, você
virou a mesa, jogou tudo pro alto, disse
chega e colocou um ponto final no que te incomodava, lembra? Naquele dia você se sentiu com o poder nas
mãos, não foi? Não te deu aquela sensação de liberdade, de leveza, de sei lá?
Pois é! Naquele dia você foi você, você estava no seu EU! Naquele dia não tinha
pai, mãe, avó, mozão, filho, ninguém na sua cabeça. Você havia se decidido por
tomar uma decisão, foi lá, tomou e pronto! Mas infelizmente, se te deu essa doida
umas duas ou três vezes na vida foi muito, porque, afinal, é um desgaste de
energia muito grande e nem sempre você está com disposição pra isso, né? Então, não dá para reclamar dessa vida de chuchu aguado que você anda
levando, porque se você não quer gastar energia para viver a própria
felicidade, ninguém irá gastar por você.
Em suma: Para viver bem é preciso querer mesmo, querer
muito. Do contrário, protelar, se autossabotar e ficar só no planejamento, só
irá proporcionar um futuro tão sem sal, tão chuchu aguado, como o presente! Tá
na sua mão a escolha!
Um abração!
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