A gente não pode passar a vida inteira culpando a educação que
tivemos, os traumas de infância, o sonho da noite na passada, como
justificativas para um momento presente frustrado. Um dia, a gente tem que
acordar, amadurecer e encarar a vida como ela é, não como gostaríamos que ela
fosse, pois isso é ilusão. E viver na ilusão é passar a vida dormindo, é viver fora
da realidade.
Como eu sempre comento por aqui, o mundo não está aí para
mimar ninguém. Quando a gente passa a ter esse tipo de percepção, imediatamente,
saímos daquela posição de pessoas coitadinhas e tomamos outra postura, porque
começamos a assumir o papel central da nossa própria vida.
Você já começou a tomar as rédeas da sua vida? Já largou
aquele mimimi de lado, aquela postura de pessoa indefesa, coitadinha e
injustiçada do mundo e passou a encarar a vida como ela é e não como você gostaria que ela fosse? Essa decisão pode levar tempo, claro, talvez
uns 10, 20 anos, talvez, uma vida inteira, mas pode ocorrer a qualquer tempo.
A vida nos dá oportunidades, nós é que as jogamos fora.
A partir do momento em que saímos dessa hipnose, de que o
mundo tem que nos agradar, tem que fazer as coisas do gente que a gente quer, e
passamos a encarar a realidade, tudo muda. No momento em que a gente começa a ter
um novo olhar sobre a vida, ela muda, porque a realidade é prática, não é
fantasiosa.
Gente, há pessoas por aí que perdem um braço, uma perna, a
visão e continuam tocando suas vidas. Muitas vezes, essas pessoas até se
projetam mais, conseguem grandes feitos etc, não porque elas são espíritos de
luz, pessoas especiais, não. Elas resolveram encarar a realidade tal qual ela
se apresentou, não ficaram na fantasia, no e se isso...e se aquilo... Aliás, o tal do e se... é terrível, né? Você
pode estar prestes a realizar qualquer coisa, aí entrou o tal do e se... na cabeça,
pronto, melou tudo!
O sofrimento é opcional! Quem determina o seu sofrimento não são os outros, mas você! É preciso observar e não absorver!
É fato que o mundo não é colorido, cheio de flores, estrelinhas, fadinhas... Mas ninguém é obrigado também a trazer o peso do
mundo, todas as dores do mundo, para dentro de si. Ah, Monique, mas eu me
preocupo com o mundo, não sou egoísta, blá blá blá... É? E quando você fica com a cara toda amarrotada de tanto chorar,
o mundo vem pegar os seus problemas para amenizar a sua dor? Quem, algum dia,
arrancou uma dor de dentro do seu peito, e levou a dor pra si? NINGUÉM! Não teve
pai, não teve mãe, não teve mozão, benhê... ninguém! Então, nem você, nem eu,
podemos ter a pretensão de sofrer as dores do mundo, porque a gente não pode
invadir a alma de ninguém, assim como ninguém jamais conseguirá invadir a
nossa! Nós só podemos ser úteis para o mundo, quando nos tornamos úteis a nós, em primeiro
lugar! E isso não é egoísmo. Você já imaginou um médico sofrendo todas as dores
dos seus pacientes? Não dá para imaginar, né? O médico é prático, é realista,
está ali resolvendo o seu ofício, contribuindo, sim, a partir dos conhecimentos
adquiridos. Ponto.
A partir de hoje, então, vamos combinar, menos mimimi e mais atitude? Você vai ver que as coisas vão fluir muito melhor para você!
Um abração!
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