9 de mar. de 2012

Substância comum em refrigerantes seria cancerígena

Uma pesquisa americana conduzida por um grupo independente, de defesa ao consumidor, apontou que os principais refrigerantes de cola do mercado possuem uma substância cancerígena em sua composição.

Cientistas rebatem pesquisa que liga refrigerante diet a infarto e derrameSegundo o Centro de Ciência de Interesse Público (CSPI, na sigla em inglês), o 4-metil imidazol (4-MI) estaria ligado ao câncer em animais. A substância é usada no processo de obtenção do corante caramelo.

O FDA, órgão do governo americano que regula a produção de remédios e alimentos, está analisando a denúncia do CSPI, mas não acredita que os refrigerantes ofereçam um risco real à saúde, ao menos não nesse aspecto.

Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso da substância na produção de corantes é permitido, “desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg (duzentos miligramas por quilo)”.

Segundo o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.

O especialista explicou que o órgão mais exposto ao câncer nesses animais foi o pulmão. O fígado também ficou sujeito a diversas alterações, incluindo câncer. Além disso, foram registradas mudanças neurológicas, como convulsões e excitabilidade.

A Coca-Cola informou em nota que os ingredientes e as quantidades utilizados nos seus produtos “seguem rigorosamente os limites estabelecidos pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.

Já a AmBev, responsável pela Pepsi no Brasil, não divulgou nota, mas informou que a PepsiCo faz parte da Associação Americana de Bebidas, que se posicionou oficialmente.

G1

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