ÀS vezes me impressiona o grau de egoísmo do ser-humano. No caso do menino Sean, os avós maternos fizeram de tudo, inclusive com grande apelo emocional, para que o garoto não voltasse para o convívio do pai americano, que de uma hora para outra se despediu da então esposa e do pequeno filho para um passeio ao Brasil, e nunca mais voltou a vê-lo, por uma série de fatores que já foi amplamente explorado pela mídia.
Ora, a meu ver, demorou bastante para que o Brasil reconhecesse o pátrio poder do pai dessa criança. Foi preciso um estremecimento político para que o Brasil se convencesse da legitimidade do pai de Sean em ter o seu filho de volta, o que é lamentável.
O Brasil tem vários filhos sem pais, que são ignorados, largados à própria sorte, enfim, invisíveis aos olhos de nossos governantes, que não propõem políticas públicas de controle de familiar, taxa de natalidade, mas esses filhos do Brasil, infelizmente, talvez nem cheguem à idade de Sean para serem reconhecidos como filhos legítimos de nossa pátria, ou talvez avancem até a idade adulta abraçados pela marginalidade.
Sean está de volta ao lar. Fez-se a Justiça! Justiça americana em ter seu filho de volta.
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